Passear pelo centro histórico de Paraty é entrar em outra época, onde andar é difícil, devido as ruas de pedra e,com a invasão das marés na lua cheia, a presença das águas. Mas é uma volta ao passado reconfortante.
As construções de seus casarões e igrejas traduzem um estilo de época e os misteriosos símbolos maçônicos que enfeitam as suas paredes, nos levam a imaginar como seria a vida no Brasil de antigamente e como toda cidade foi construída.
Paraty foi fundada em 1667. Teve grande importância econômica devido aos engenhos de cana-de-açúcar, sendo considerada sinônimo de boa aguardente, e hoje em dia, no mês de Agosto rola o festival da Pinga.
A Cidade foi considerada Patrimônio Estadual em 1945, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1958 e finalmente convertida em Monumento Nacional em 1966.
Andando pelas ruas com o vento, o barulho do mar, o sol não apareceu muito, distante e entre nuvens, e a chuva fina esteve constante por todos os dias, pude ver uma cidade mais tranquila, ruas vazias, retornado a outra época por alguns segundos e voltando, quando vejo uma placa de um banco que se diz moderno e conectado em uma casinha branca com as portas e janelas azuis, assim como quase todas as outras.
Estranho, voltar ao tempo, pensar como tudo era mais simples, a vida não era corrida e cheia de complicações, que o tempo passava mais lento e que as pessoas aproveitavam a vida com mais leveza.
Literalmente, a ida a Paraty, foi uma volta ao passado, não um passado distante, mas sim o meu, onde eu me perdi, parei, e a vida passou por mim rápido demais para que eu a alcançasse.
Os dias chuvosos, o quarto aconchegante, uma bebida quente, uma vista linda, com direito a um jardim, as garças, os passarinhos, o canal que vez ou outra passa um barco bem devagar. Propício a pensamentos, de tudo que passa despercebido na correria do dia.
Gostos, cheiros, sabores, tudo isso fica mais perceptível, pois a única preocupação é sentir, sem pressa ou impaciência.
Parece que você tem todo tempo do mundo para saborear uma moqueca (a melhor pedida), ou tomar um vinho, ou até mesmo andar por entre as ruas de pedras, e em cada ponto observar um detalhe, um entalhe, uma planta, uma flor, ou até mesmo o amor.
Descansar, viajar, conhecer lugares diferentes, renovar, enriquecer com um pouco de cultura, ver que até mesmo nos dias mais cinzentos e frios que é muito bom dar uma pausa, respirar e sorrir.
Simples assim!
elaineecoline.
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